Quem sou eu e o que este blog.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Meios de backup

Backup, cópia de segurança, coisa importante que quase ninguém faz.

Quais são os métodos? Qual é o melhor método? Como se faz? Algumas pessoas escolhem um método ao seu gosto, que acham fácil, que acham confiáveis, que acham baratos, mas muita gente não tem o conhecimento para fazer isto adequadamente.

Unidade USB que eu uso para fazer backup. Com ela posso facilmente trocar de HD, e assim ter uma única unidade e vários HDs.

E como armazenar dados por um longo período de tempo?

CD-R e DVD-R

Este é o método mais escolhido, e parece que, inclusive por muitos fotógrafos, mas é o pior deles a médio e longo prazo. Mídias de CD, que os fabricantes falam que duram mais de 5 anos, muitas vezes já está estragada em 2 anos. Os CDs prensados em fábrica é que duram mais de 20 anos, e até muito mais. As empresas de filmes e música fazem tanta campanha contra a pirataria, mas não levam isto em conta. Eles criminalizam, fazem lobby para que tenham alguns absurdos nas leis, queimam as pessoas na fogueira da santa inquisição deles, botam terror, colocam softwares nos CDs de música que sabotam os computadores das pessoas, mas nunca vi uma linha falando disto, que um CD pirata não dura 1/10 do que um CD original bem guardado pode durar.

Tem fotógrafos que guardam as fotos dos trabalhos em CDs, mas depois de um tempo estes CDs apagam, e se o casal voltar 5 anos depois para pedir mais fotos, ou uma nova cópia do álbum de casamento, ele vai descobrir que a mídia apagou, ou boa parte das fotos estão com problemas.

Unidades de fita magnética

Um método obsoleto. Bom para uma cópia completa, para ser lida toda de uma vez. Sequencial. Mas para pegar uma coisa só pode demorar muito. Tem gente antiquada da área de informática que deve estar me xingando. Muita gente não me levou à sério quando, a cerca de 10 anos atrás, eu disse que backup em fita estava obsoleto. Mas vi em alguns lugares que eu não era o único a ter esta opinião.

Antigamente as fitas eram maiores que os HDs em capacidade, os HDs não eram muito rápidos e eram muito caros. As redes de computadores não eram muito rápidas. Grandes bases de dados eram menores do que uma foto de alta resolução atual. As fitas eram mais transportáveis, mais baratas, mais leves mais fáceis de guardar etc, do que HDs. Mas os HDs começaram a crescer rapidamente em capacidade e diminuir em tamanho físico, e passaram a capacidade das fitas, o que gerou o problema de backup multi-fitas, mesmo usando compactação. Fitas também limitam a um backup por vez.

O preço de cada fita era baixo, mas o preço das unidades de fita, que liam e escreviam nas fitas, era astronômico, e ainda é. A uns 10 anos atrás eu fiz umas contas usando preços de HDs e preços de fitas e unidades de fita. O preço por Megabyte da fita só ficava mais baixo que o do HD depois de uns 4 TB de dados. O preço da fita por Megabyte até que era bem mais baixo do que o HD, mas o preço da unidade de fita era alto. Vendo isto, e o tamanho de cada fita sendo menor que os HDs da época, que pude afirmar com certeza que a fita estava obsoleta.

HDs e longo prazo

A mais de 10 anos atrás eu assisti perguntarem para um amigo meu qual método ele usaria para preservar alguns arquivos por 30 ou 40 anos. Ele respondeu: "In vivo". Fotografias digitais são arquivos que você pode querer preservar por 30 ou 40 anos, se não mais.

Uma mídia abandonada, empoeirando, é uma mídia perdida, tal como todo o seu conteúdo. Ela vai se perder e só vai descobrir isto quando for mais necessária, quando o seu conteúdo for necessário.

Mas também não é deixar no seu computador pura e simplesmente. Você tem que ter uma rotina para manter isto, guardar isto, ter cópias disto. É isto que ele quis dizer com "In vivo". A rotina usada para manter o seu computador, os seus dados seguros, manterá estes dados importantes, estas imagens, seguras. Então o backup, a preservação, não é só das suas fotos, mas de todo o seu acervo, sejam fotos, músicas, textos, vídeos etc.

Mas um backup é uma cópia separada do original, se possível, em uma mídia externa, que fique desligada do conteúdo principal quase o tempo todo. Nisto a fita era imbatível. Era...

Isto começou a mudar a mais de 10 anos atrás, quando surgiram as gavetas internas de HDs. Você desligava o computador, sacava a gaveta, trocava o HD que estava dentro da gaveta, reinseria a gaveta e religava o computador. Com isto você trocava o sistema operacional que estava rodando, você trocava todo um conjunto de dados, fazia backup etc. Mas este método era limitado. Existiam métodos que permitiam HDs serem trocados com o sistema ligado, mas eram caros e complexos. Até que veio a USB.

USB e Firewire

Eu me lembro da COMDEX-SP de 1998. A grande novidade era a USB 1.1. Ela permitia que teclados, scanners, mouses, modems e muitas outras coisas pudessem ser ligadas no computador sem grandes preocupações, com muita automaticidade, mas tinha desempenho muito limitado. A USB foi a vedete daquela feira.

Depois surgiu a USB 2.0 e o Fireware, que permitiam taxas de transferências altas, e então puderam surgir o Pendrive, que foi a lápide final do túmulo do disquete, e o disco externo USB. A Firewire também cumpre bem o papel de interface para disco externo, com mais eficiência, porém mais cara.

A interface USB permitiu a popularização dos HDs externos, e de muitas outras coisas. Eu posso dizer que foi um marco na área de produtos para computação doméstica.

Atualmente é fácil, barato e prático ter um HD externo para fazer backup. E com ele pode-se fazer vários backups ao mesmo tempo. E devem existir softwares gratuitos para gerenciar os backups do seu computador no HD externo. Os sistemas Unix-Like, como o Linux, Solaris, *BSD etc, já tem tudo o que precisa embutido neles. É só usar.

World Backup Day

Resolvi apressar este artigo para coincidir com o Dia Mundial do Backup, dia 31/03. Não podia deixar isto passar em branco.

Aproveite, compre um HD externo, ou um case externo e um HD bem grande (ou como eu, mais de um e tenha backup do backup) e comece a fazer backup de tudo que for importante. Não deixe para o dia seguinte, por que o dia seguinte é para os tolos.

Um comentário: