A farofa é uma das comidas, se não a comida, que mais tem possibilidades de variações, de combinações, de possibilidades etc, mas muita gente sempre faz a mesma receita, com os mesmo ingredientes, sem variações. E para piorar, muita gente faz mesma farofa, quase todo restaurante faz a mesma farofa, sempre seguindo a mesma receita, por causa do mito "Todo mundo gosta de farofa de bacon.". Eu já falei disto
aqui.
Pode ser uma covardia não sair do mesmo, não variar as receitas. Algumas pessoas podem criar a sua própria receita, e ela ser a sua "marca registrada" (Conheci um restaurante que tinha a sua receita exclusiva de farofa.), e isto é bom, mas também é bom conhecerem outras receitas para poder variar de vez em quando. Mas tem pessoas que nem tentam aprender novas receitas e/ou criar as suas próprias receitas, fazendo sempre a mesma que todo mundo faz.
De vez em quando vejo isto na fotografia. Pessoas tratando as fotos da mesma maneira, com os mesmos programas, usando tratamentos padrões que vem nos mesmos programas que muitos usam. Todos fazendo farofa de bacon. Medo que a sua farofa/fotografia não seja aceita? E daí se não for aceita? Mas novidades podem ter aceitações surpreendentes, como a minha farofa de banana que fiz em uma festa de ano novo. Todos comeram dela, e ela acabou (E de novo no almoço do dia seguinte.).
E qual é uma das funções da arte, senão provocar, mostrar o diferente, contrapor, subverter.
Eu mesmo me questiono sobre estas coisas. Como agora estou me questionando se não estou exagerando, se não estou me valorizando demais ao fazer esta crítica. Eu tenho um espírito iconoclasta, e não posso resistir a pensar diferente, a derrubar ícones. Mas também sou chegado a não editar as fotos (tem vezes que sou preguiçoso), usando o
SOOC.
A farofada
Semanas atrás, depois de enviar o material para a convocatória do Paraty em Foco, peguei uma das imagens e resolvi olhar mais para ela. Era o HDR abaixo, que já foi assunto de retrabalho de edição, mencionado
aqui.
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HDR com 6 exposições com passos de aproximadamente 2 EV entre elas. Fusão das exposições feita com o Luminace HDR. Mapeamento de tons feito à mão, com ajuste de gama, máximo e mínimo, e depois curvas, no Cinepaint. Foram mais de 9 horas de trabalho para chegar nesta versão, certamente com pausas, sem contar as versões anteriores. |
Fiquei pensando: E se eu aplicar as receitas, os algoritmos, de Mapeamento de Tons do
Luminance HDR nesta imagem?